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O que pode nos guiar na política?


Edgard Leite Ferreira Neto


As tragédias do século XX e dos seus regimes utópicos, o nazismo, o fascismo e o comunismo, nos mostraram que tudo que foi feito para construir uma sociedade de iguais exigiu a destruição dos humanos, que são naturalmente desiguais. A opção pelo caminho das utopias revolucionárias sempre foi escolher um caminho impossível e de pura violência.


A escolha do devaneio, da vertigem, da instalação, pela força, de uma felicidade que não é real, mas derivada apenas de uma impossível satisfação material, conduziu a tragédias que ultrajaram a consciência da humanidade. Devemos nos recordar ao que esses regimes conduziram. Só haveria uma nova sociedade se o Homem, com seus paradoxos, fosse extinto por obra do Estado, se consciências fossem devastadas e os resistentes mortos. Dezenas de milhões foram realmente mortos no século XX em nome dessa fantasia terrível, transformada em delírio político.


E, isso também nos prova a história, os seres humanos acabam sempre se rebelando contra a tentativa de impedir sua intrínseca capacidade de escolha, que leva a erros, mas é a única que permite o acerto responsável


O que nos ensina o século XX é que a grande transformação do ser está na paz da consciência. Na preservação da intimidade, no lidar com o abismo interior a partir de valores maiores e verdadeiros, no caminhar pela vida entendendo que este mundo, embora bom, é marcado pela transitoriedade, e que nele só nos realizamos quando estamos em sintonia com nossa essência. Com o que somos. E com a eternidade que repousa em nosso interior.


Essa transformação é verdadeira e altera, pelo amor, pela compaixão e pela esperança tudo o que nos cerca e a todos que conosco estão. Permite que reencontremos a grandeza de sermos desiguais e singulares e que nessas especificidades lidemos com o brilho que emana da diferença, que é a base de todo discernimento. Assim nos afastamos do terror do nazismo, do fascismo e do comunismo. Recusamos o império da mentira infinita e aceitamos o doce movimento realizador da verdade.


É correto estabelecer uma harmonia terna com algo maior que o transitório, com coisas que duram e que construímos para além de nós: a pátria na qual nascemos, a família que nos deu origem e que continua os nossos sonhos, as pessoas que amamos e que nos amam. É assim que moderamos as paixões, e podemos caminhar em paz pela vida que nos é dada como benção.


Tal política, única capaz de elevar a alma, é exercida com liberdade e não sob o domínio de qualquer força que possa nos obrigar a ir numa direção mentirosa e ilusória. Votar por Deus, pela nossa Pátria, pela ternura da Família e pela Liberdade sempre será a mais sensata e duradoura das opções. Porque possível e verdadeira.


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